“O que vale é a idade biológica”, argumenta Sérgio Rangel em Workshop

Rangel e a também atuária Fernanda Chaves falaram sobre as novas técnicas de precificação para o risco de longevidade no encontro promovido pelo SindSeg-RS

Os profissionais gaúchos do ramo de seguros acordaram cedo na manhã desta quarta-feira (23) para ouvir os atuários Sérgio Rangel e Fernanda Chaves falarem sobre as novas técnicas de precificação para o risco de longevidade. O encontro, que marcou o primeiro workshop de 2016 promovido pelo Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, contou com auditório lotado. “Todos sempre serão muito bem vindos sempre aqui em nosso Sindicato”, disse o presidente eleito da entidade, que assumirá no dia 1º de abril, Guacir Bueno.

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Fernanda e Rangel esclareceram que existem muitas variáveis significativas na hora de precificar, tornando modelos preditivos muito mais importantes que a idade cronológica. “Sexo e data de nascimento não são suficiente, existem muitos pontos que devemos considerar”, pontuaram. O estudo da genética é uma grande oportunidade para descobrir se há predisposição a patologias e fazer um estudo sobre os indivíduos. “Para nós atuários, o que vale é a idade biológica e não a cronológica”, complementa o atuário ao dizer que geneticamente as mulheres têm a propensão de viverem mais em relação aos homens e que estas questões são responsáveis por 25% da expectativa de vida, sendo o resto dependente do estilo de vida de cada um.

Segundo Rangel, quem possui renda econômica mais alta, vive mais. “Quem tem acesso à plano de saúde e diversas outros privilégios tem uma qualidade de vida melhor e acaba tendo oportunidade de viver mais, por mais cuidadoso em relação à sua saúde com exames preventivos e outros”, explica. Ele ainda destaca que, nesta área, é preciso sempre estar atento aos avanços:

“Temos que reavaliar as nossas estratégias para conseguimos resultados diferentes”.

Fernanda ainda esclareceu que, quando se estuda esta questão, a preocupação é em responder às perguntas: “Vamos parar de morrer de outras causas que não a velhice? E até quando conseguiremos viver?”. E que, por isso, torna-se tão importante analisar hábitos, doenças, dados históricos populacionais, buscar populações específicas e outros pontos.

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