Pequena empresa deixa de contratar seguros corporativos devido à crise

75% dos microempreendedores afirmam não possuir nenhuma cobertura

As micro e pequenas empresas (PMEs) estão sem fôlego na contratação de seguros. No mercado, os microsseguros ganham espaço ante a crise, mas são considerados de “pouco valor” para seguradoras, com prêmios baixos para justificar investimentos.

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De acordo com dados da última pesquisa sobre o assunto, feita pelo Ibope a pedido da RSA Seguros, cerca de 75% dos microempreendedores afirmam não possuir nenhuma cobertura.

Dentre os motivos destacados para a falta de adesão das PMEs, o levantamento aponta que 37% dos pequenos negócios afirmam não ter um seguro corporativo por falta de planejamento, seguido pelo custo do seguro (33%) e por acreditarem que um produto como esse não é necessário para a empresa (29%).

“A crise, naturalmente, faz com que as PMEs desapareçam. Não termos um seguro extensivo o suficiente no País para alcançar essas empresas é muito preocupante, principalmente porque, quando comparamos, conseguimos perceber que as famílias chegam a ter mais seguros do que as pequenas empresas, que precisam tanto quanto, ou mais, desses recursos”, avaliou o especialista em evento, ao divulgar o estudo “O seguro na sociedade e na economia do Brasil”, feito pela Afi em parceria com a Fundación Mapfre do Brasil.

Segundo José Antônio Herce, economista e sócio da consultoria Analistas Financieros Internacionales (Afi), a situação é preocupante nesse cenário das PMEs, uma vez que o setor se baseia no princípio de divulgar seus produtos para “fazer a população entender a importância de se contratar um seguro”.

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“O Brasil vive um momento ímpar, muito ruim, de sua história, mas as expectativas do setor estão mais positivas agora. Apesar disso, é preciso ter em mente que o Brasil, por conta de seu tamanho e importância, é responsável por puxar negativamente o PIB [Produto Interno Bruto] da América Latina, então o mercado de seguros, de certa forma, realmente fica comprometido nesse cenário”, explica Mauro Batista, presidente da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP).

*Com informações de DCI.

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