Donald Trump é o 45º presidente dos Estados Unidos da América

Reviravolta nas eleições americanas surpreende expectativas

Diferentemente do que previam as pesquisas e esperavam as agências internacionais de notícias, Donald Trump acaba de ser confirmado como o 45° presidente dos Estados Unidos da América. O candidato republicano conquistou mais de 270 delegados (mínimo necessário para eleger o presidente).

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Os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton. Reprodução
Os candidatos Donald Trump (R) e Hillary Clinton (D). Reprodução

A disputa eleitoral foi acirrada e marcada por acusações entre ambos os candidatos. Acusado de ser extremista, Donald Trump prometeu em sua campanha focar na geração de empregos e na independência da economia americana. Trump havia sido contestado inclusive por republicanos tradicionais.

Milionário do ramo imobiliário, o novo homem a comandar a maior economia do mundo sempre teve destaque na imprensa por conta de seu estilo de vida extravagante. Depois, ficou ainda mais conhecido no programa “The Apprentice” (“O Aprendiz”, que também teve versão brasileira). De acordo com um relatório divulgado em 2012, Donald Trump já apoiou candidatos republicanos e democratas com doações financeiras. Nas eleições presidenciais de 2012, Trump fez doações a John McCain (republicano) e a Hillary Clinton (democrata) sua adversária nas eleições deste ano.

Diversas polêmicas envolvem Trump, que chegou a prometer que construiria um muro para dividir os EUA do México. O candidato republicano afirmou ainda que dificultaria o acesso de islâmicos e estrangeiros ao País, na visão dele, a iniciativa deve conter o terrorismo. O bilionário tem duas vantagens: os republicanos são maioria tanto na Câmara quanto no Senado.

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Bolsas despencam com resultado

De acordo com a AFP, em Tóquio, a Bolsa de Valores, que iniciou o pregão em alta moderada nesta quarta-feira, perdia quase 5% no começo da tarde (hora local). O índice Nikkei 225 desabou, cotado abaixo dos 1.000 pontos. Em Wall Street, os títulos futuros da Dow Jones Industrial Average caíram mais de 400 pontos, ou cerca de 2%. O índice Standard & Poors de 500 ações afundou 63 pontos, enquanto o Nasdaq caiu mais de 100 pontos.

Hong Kong perdia 2,3%, Xangai, 0,7%, Sidney, 2,4%, Seul, 2,8%, Cingapura, 1,4%, e Mumbai, 6%.

O iene e o euro dispararam diante do dólar no final da manhã em Tóquio, com a moeda americana valendo 101,46 ienes, contra 105,47 antes dos resultados favoráveis ao republicano. O euro era cotado a 1,1222 dólar, contra 1,0989 dólar.

O peso mexicano desabou à medida em que os resultados mostravam Trump com desempenho superior ao de Hillary Clinton.

“Apertem os cintos, será uma viagem agitada”, disse Chad Morganlander, operador da Stifel, Nicolaus & Co. “Os investidores se moverão de maneira caótica até que tudo esteja claro”.

Diplomacia

O governo brasileiro deve emitir uma nota oficial reconhecendo a vitória de Trump apenas quando a totalidade das urnas for apurada. A prática é comum na diplomacia internacional. Relação entre os países não deve sofrer grandes alterações, embora aumente nível de dificuldade para uma maior aproximação entre os países – um desejo do Palácio do Planalto. O Presidente da Câmara dos EUA, Paul Ryan, telefonou para Donald Trump para dar os cumprimentos pela vitória. Diversos líderes mundiais já felicitaram o novo presidente.

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