Nova fase da Lava Jato chega a corretoras de seguros

Escritórios são citados no esquema de Sérgio Cabral

A Polícia Federal deflagrou ontem mais uma fase da Lava Jato. A Operação Eficiência emitiu seis mandados de prisão preventiva, quatro conduções coercitivas e vinte e duas buscas e apreensões, no Rio de Janeiro. O empresário Eike Batista é um dos alvos, mas ainda não foi localizado.

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A operação investiga crimes de lavagem de dinheiro e acabou chegando também nas corretoras de seguros Havana e Unirio. Hoya Corretora de Valores, Canhoeta Negócios Corporativos, Seven Lab Informática, Boa da Noite Informática, SCA Eventos e Consultoria, Apoio Consultoria e Planejamento, Corcovado Comunicação, Américas Copacabana Hotel, Carolina Massiere Confecções, Estalo Comunicação, JPMC Academia de Ginástica, MCS Comunicação Integradas, Araras Empreendimentos e Minas Gerais Projetos e Empreendimentos estão entre as outras empresas investigadas.

PF cumpre mandados de prisão contra Eike Batista e mais oito pessoas

No caso da corretora Unirio, foi realizada busca e apreensão de documentos na empresa. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empreendimento pertence a um homem apontado como envolvido no esquema de corrupção de Sérgio Cabral. Ele teve a prisão preventiva decretada.

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Unirio Corretora recebeu R$ 7,7 milhões entre agosto e outubro de 2014.

O MPF revelou que, em uma delações premiadas de Renato Chebar, identificado como um dos doleiros de Cabral, foi revelado que no local foi recebida a quantia de R$ 7,7 milhões entre agosto e outubro de 2014. O suspeito ocupou um cargo comissionado na Secretaria de Comunicação Social até dezembro de 2013, último ano do governo Cabral.

Segundo a investigação, ele é “um dos maiores destinatários dos valores ilícitos obtidos pela Organização Criminosa”. Foi constatado também, de acordo com o MPF, que foram registradas 147 ligações telefônicas entre o suspeito de Sérgio Cabral.

[mks_highlight color=”#0a0a0a”]Em nota, a corretora de seguros informou que nunca fez seguro com os investigados na operação e que está desativada desde 2012.[/mks_highlight]

Nos tempos de bonança econômica, o financiamento destinado aos políticos eram bem generosos. Com empresas de diversos ramos que dependiam de concessões, licenças e financiamentos governamentais, Eike tinha como estratégia financiar campanhas de todos os partidos.

Cabral era um dos principais beneficiados no esquema e demonstrava grande preocupação com o futuro. Queria de Eike uma espécie de seguro, como pagamento pelas ações que favoreciam as empresas X, administradas pelo empresário. O pedido especial foi relatado por Eike Batista a seus executivos mais próximos em tom de espanto e ironia. A nova fase da Lava Jato, entretanto, revela que o seguro do ex-governador do Rio era de US$ 16,5 milhões.

[mks_highlight color=”#0a0a0a”]A Havana Corretora não foi localizada até o fechamento desta reportagem.[/mks_highlight]

 

*Com informações de G1, InfoMoney e Revista Piauí.

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