80% dos clientes pedem recomendação ao corretor de seguros

87% aceitam a recomendação dada pelo profissional

A classe dos corretores de seguros é predominantemente masculina, com idade média de 43 anos, trabalha com mais ou menos oito seguradoras, realizam três cotações e costumam levar as duas que consideram as melhores para os seus clientes. Quanto aos segurados, 80% deles pedem recomendação do corretor de seguros na hora de contratar uma apólice de seguro, segundo dados apresentados pelo diretor regional da MetLife, João Levandowski, durante a 5ª Convenção Nacional da Lojacorr.

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Para o diretor regional da MetLife, o relacionamento que o corretor tem com o cliente faz toda diferença. William Anthony/JRS

Além disso, 87% aceitam a recomendação dada pelo seu corretor. “O cliente confia e quer escutar a recomendação do corretor e este cliente não vai fechar com qualquer plataforma online”, disse ao participar do painel que discutiu o futuro da corretagem de seguros. “É o corretor de seguros que tem o relacionamento com o cliente e isso faz toda a diferença”, acrescentou.

O presidente da Seguros Sura, Thomas Batt, realçou a importância de olhar como consumidor para trabalhar em produtos novos e soluções. “Nós trabalhamos no presente e no futuro, sempre de olho nas transformações”, comentou. “O desafio é como vamos trabalhar com esta onipresença e atender nosso cliente”, complementou.

O presidente da Seguros Sura confia na onipresença das formas de trabalho. William Anthony/JRS

Ele considera que o crescimento dos riscos cibernéticos, o “boom” das startups e o novos ecossistemas que potencializam experiências com o consumidor são transformações digitais que afetam o seguro e que este novo mundo conectado gera oportunidades. “Sempre vale a pena testarmos coisas novas”, destacou o presidente da representação brasileira do Grupo Sura, que tem mais de 70 anos e é a quinta maior seguradora da América Latina.

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Para o superintendente nacional da Seguros Unimed, Silas Devai Junior, os diferenciais do corretor de seguros são importantes, pois o consumidor não está mais tão apegado às marcas. “Os consumidores estão muito mais dispostos a experimentar novas soluções, não há mais tanto apego às empresas que vão solucionar as demandas dele”, afirmou. O corretor de seguros não pode perder o timing, segundo ele. “Não dá mais para vender seguro da mesma forma que se vendia há cinco anos atrás”, indicou.

Para o diretor comercial da MAPFRE, a inovação é fundamental. William Anthony/JRS

O diretor comercial da MAPFRE Seguros, Jonson Marques de Souza, foi além: “a inovação já foi um diferencial, hoje ela é uma obrigação”. No Brasil, 95% das casas próprias, 61% dos carros e 81% da população não tem nenhum tipo de seguro e Souza destaca estes dados como oportunidades. Já o diretor-presidente da Centauro ON, Ricardo José Iglesias Teixeira, salientou que “a revolução será rápida”, referindo-se aos novos padrões de compra, e o corretor de seguros precisa estar atento. O que vai de encontro com o que pensa o diretor da divisão comercial da Allianz, Eduardo Grillo.

Previdência e Dental são oportunidades para o corretor diversificar carteiras

O superintendente executivo de mercado da Icatu Seguros, Alberto Lohmann, salientou a que o planejamento e a proteção do seguro deve ser a primeira preocupação do corretor de seguros num país onde a penetração do seguro de vida é de 5% e onde 62% da população não guarda dinheiro (dados do SPC Brasil e CNDL). “Existe um plano para cada etapa da vida e o corretor precisa ajudar o cliente a pensar numa equação onde o seguro seja prioridade”, disse.

Vender seguros de vida e previdência é vantagem para corretor, diz Alberto Lohmann, superintendente da Icatu Seguros. William Anthony/JRS

Lohmann também destacou motivos pelos quais o profissional deve vender planos de vida e previdência: a remuneração é recorrente e o esforço operacional é baixo. “A nossa mensagem é criar cultura da proteção dos seus segurados, criando aumento de renda para vocês”, se referiu à plateia.

Já o presidente da OdontoPrev reiterou o panorama da saúde dental no Brasil: apenas 11% da população possui planos odontológicos. “Este número poderia facilmente atingir 25% em 5 anos”, confia. Além disso, dos 100 milhões de brasileiros que não possuem, 78 milhões não tem e paga por tratamentos, o que, na visão do executivo, representa uma oportunidade. “Por mais que tenham relações, enquanto o ramo de saúde decresceu, o dental cresceu”, finalizou.

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