Em busca de R$ 1 bilhão em faturamento

Seguradora de origem francesa espera alcançar resultado em três anos de atuação

Se para um indivíduo que resolve aventurar-se em terras desconhecidas, a tarefa já é desafiadora, imagine para um dos maiores grupos seguradores do mundo que está presente em mais de 60 países e que se propõe, em três anos de atuação, a alcançar R$ 1 bilhão em faturamento somente no Brasil. “A vida é uma aventura ousada ou nada”, já dizia a escritora e ativista social americana Helen Keller. E para, a AXA, esta é uma premissa correta em seus negócios.

Publicidade

A companhia estudou minuciosamente o comportamento do mercado brasileiro por dois anos antes de finalmente entrar no país, em 2014. Naquele ano, a seguradora ainda não obteve registros de faturamento, uma vez que o período foi dedicado à composição da equipe e à regularização da companhia junto à Superintendência de Seguros Privados em agosto de 2014. “Apesar de todos alertarem sobre a burocracia brasileira, eu considerei que foi mais rápido do que se fosse na Alemanha. Oito meses para conseguir liberar uma instituição financeira num grande país eu não considero um processo longo”, acredita o presidente da AXA no Brasil, Philippe Jouvelot.

O presidente da AXA no Brasil, Philippe Jouvelot, durante inauguração da filial da companhia em Porto Alegre (RS), em junho de 2016. Arquivo/JRS

Além disso, dos 43 produtos que a seguradora apresentou à Susep, 39 tiveram a aprovação da autarquia para comercializar, o que foi possível em janeiro de 2015. “A nossa primeira apólice eu me lembro bem, era uma de Responsabilidade Civil do dia 21 de janeiro daquele ano”, destaca. Já nestes primeiros 365 dias de operação, a empresa fechou com o total de R$ 140 milhões. “Foi um resultado muito bom e além do orçamento. Ultrapassamos a nossa meta”, diz.

Ano a ano a seguradora foi ocupando seu espaço no mercado brasileiro. Com a compra da carteira de grandes riscos da renomada SulAmérica, a seguradora começou 2016 com mais de R$ 300 milhões. “Fechamos com R$ 650 milhões. O que foi além do esperado, pois nossa meta era pouco de mais R$ 500 milhões no segundo ano de operação”, analisa. “Quanto à instabilidade econômica, posso dizer que foi melhor do que esperávamos, uma vez que apresentamos resultados muito bons”, acrescenta.

Publicidade

Para finalizar este ano, Philippe Jouvelot e a AXA possuem metas audaciosas: superar R$ 1 bilhão em faturamento e manter a qualidade da carteira.“Tenho mais de 30 anos de mercado no meu país e ao meu ver é importante subscrever os riscos de uma maneira sustentável”, comenta.

“Então, para nós, os elementos principais, como responsabilidade e liquidez, estão bem alinhados à nossa meta, uma vez que os resultados estão melhores do que o previsto”, complementa.

Jouvelot afirma que o Grupo AXA como um todo está muito feliz com a atuação no Brasil, acreditando fortemente na meta de R$ 1 bilhão em três anos de atuação. “Nunca uma seguradora no mercado brasileiro atingiu isso em tão pouco tempo em faturamento. Acreditamos na combinação da qualidade da equipe e bons negócios”, confia.

Capital humano é grande aposta da companhia

Mundialmente, a AXA emprega 166 mil pessoas e serve a 103 milhões de clientes individuais e empresariais. No Brasil, possui, atualmente, 420 profissionais e 300 na parte assistencial. O estudo detalhado que realizou acerca do mercado brasileiro em 2012 e 2013, foi crucial para a empresa chegar a este número e manter a qualidade do seu quadro funcional.

Uma preocupação era na contratação de profissionais de qualidade. “No mercado brasileiro é importante conhecer o cenário dos bons profissionais, algumas seguradoras estrangeiras imaginam que por ser um país em desenvolvimento, os salários são muito baixos, o que não é verdade”, destaca o presidente. “Excelentes subscritores, pessoas de sinistro, pessoal do marketing e profissionais em geral no Brasil que são tão bons como em Nova Iorque ou outros centros do planeta, exigem salários iguais a outros lugares do mundo”, adiciona ao relatar que a AXA ofereceu salários tão bons ou até maiores do que já estavam sendo oferecidos.

Além disso, a companhia possui uma visão global de prestar atenção no comportamento de seus profissionais. “É muito importante o respeito com que você trata os seus colegas e colaboradores. Não é possível tratar bem o corretor se você não trata bem o seu colaborador. Há realmente essa questão de respeito, de colaboração e de união, como o grande um só”, afirma. “Por isso, podem existir os profissionais mais especialistas, mas se eles não se comportam bem, eles não ficam na AXA. Nós queremos ter sempre pessoas de bem”, conclui.

Artigos Relacionados