“Mercado espera atitude inovadora dos corretores”, diz executivo

Leonardo Freitas incentiva reação à crise em palestra do Sincor-GO

“O grande desafio do corretor de seguros na atualidade é entregar ao cliente uma proposta de valor mais tangível. Por isso, um bom negócio depende agora de se pensar no que o consumidor precisa e não propriamente no que eu quero vender”, a afirmação é do diretor de Canal Mercado da Bradesco Seguros, Leonardo Freitas.

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Leonardo Freitas, diretor de Canal Mercado da Bradesco Seguros, abriu as atividades do Café e Seguros em Rio Verde / Luciana Lombardi

Possibilidades o mercado tem para os corretores dispostos a adotar esse modelo de atendimento. Só em 2016, o setor de seguros cresceu mais de 10%, enquanto que o PIB brasileiro, no vermelho, retraiu para – 3,6%. E mais: no ano passado, a indústria de seguros devolveu à sociedade R$ 222,2 bilhões em resgates nos ramos de vida, previdência, saúde, capitalização e auto. Fazendo um raio-x das oportunidades que o mercado reserva aos corretores, Leonardo Freitas mostrou no Café e Seguros de Rio Verde que muito mais há para ser explorado Brasil afora.

Reaja à crise

Para isso, é preciso ter determinação e foco, alerta o segurador. “Em momentos como esses, de crise, é extremamente importante e propício que comecemos a enxergar as oportunidades”, argumenta Leonardo. “Nem ajuste fiscal, nem Lava Jato, tampouco a reforma da Previdência, a crise internacional, a hecatombe na economia ou até mesmo a baleia azul devem abalar os ânimos dos corretores”, completa o executivo da Bradesco Seguros.

Leonardo Freitas centrou sua palestra no tema empreendedorismo. “O corretor de seguros cuida da vida, do patrimônio e do sorriso das pessoas”, observa. “Portanto, sempre haverá para onde avançar na relação com o segurado, completou o diretor. As portas estão abertas para todos os lados. Na classe C, por exemplo, está diagnosticado que 19% das pessoas estão dispostas a adquirir um imóvel o quanto antes. Eis aí um campo a se subsidiar com o seguro residencial e seus derivados”, diz.

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Atualize-se no ritmo dos clientes

Os tempos mudaram, a forma de interagir com o cliente também. Leonardo Freitas confirma. “O novo consumidor hoje é multicanal, ele quer comprar por WhatsApp, não quer mais ligar e falar”, observou. Na atualidade, o corretor de seguros precisa estar preparado para assistir seus clientes via e-mail, redes sociais, blogs, sites, SMS e mensageiros eletrônicos. “Você tem fatalmente que expandir seus pontos de contato com o segurado”, finaliza.

Sincor-GO está atento às mudanças

O presidente do sindicato, Henderson Rodrigues, ressalta: “Queremos que você, corretor de seguros, entenda que as coisas estão mudando, o mercado está se modernizando”. Foi por isso, garante ele, que o Sindicato dos Corretores de Seguros de Goiás (Sincor-GO) investiu neste ano em um Café e Seguros moldado no tema inovação, tecnologia e empreendedorismo.

Presidente Henderson Rodrigues: “O corretor de seguros precisa inovar em seu negócio.”
“O corretor de seguros precisa inovar em seu negócio”, disse Henderson Rodrigues, presidente do Sincor-GO / Luciana Lombardi

Participam dessa etapa de Rio Verde o diretor Territorial do Sincor-GO nas Regiões Sudoeste e Oeste, Gesiel Freitas, e profissionais das instituições parceiras da entidade, além de membros da diretoria da entidade.

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Comentários

  1. Há mais ou menos cinquenta e tantos anos que ouço a mesmíssima coisa, pois muito embora ,á época, fosse um jovem iniciante no meio securitário,trabalhei com homens que,no meio,deixaram marcada sua presença.Assim, desde a época na qual ao IRB,deslealmente, era imputada toda a morosidade e rigidez do mercado,até aos dias atuais, nada mudou : só se vende o que está nas prateleiras,ou seja, as seguradoras não permitem inovações,nem modificam os próprios produtos.As últimas modificações ocorreram ainda ao final dos anos oitenta ,início dos noventa,quando num arroubo de inventividade ignorou-se a TSIB e comercializou-se a apólice multirisco,com riscos nominados,ou nomeados,e assim mesmo,obedecendo a rígidos padrões.
    Por óbvio, vez que foi de encontro a uma demanda reprimida do mercado,teve boa aceitação.No entanto, somente os grandes riscos obtém hoje,como já o tinham no passado,poder de barganha para ter acolhimento aos seus diversos interesses de cobertura.
    Os demais consumidores ficam à mercê do real interesse dos seguradores.
    Não há desafio algum a ser apresentado aos corretores,porquanto nada se faz que não esteja exposto na prateleira.
    Se o mercado hoje encontra-se aberto,como tanto desejavam os seguradores,vez que o IRB sempre foi apresentado como um entrave à imaginação criadora de subscrição de riscos,não vejo o porquê de a aceitação não ser livre e os riscos a serem cobertos designados livremente pelo consumidor do produto,o segurado. Acho que o verdadeiro desafio de inovação deveria ser proposto aos underwriters, pois ao broker cabe tão somente analisar quais riscos incidem sobre o negócio que lhe é apresentado e que tipos de cobertura devem resguardar o interesse do segurado,sem ser obrigado ao lugar comum.

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