Operação Desmanche interdita estabelecimento em Novo Hamburgo

Proprietário acabou preso por crime inafiançável

A força-tarefa responsável pela Operação Desmanche deflagrou, na manhã de ontem (22), a 45ª edição, em Novo Hamburgo. Um estabelecimento foi vistoriado e interditado, nas margens da BR-116.

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Em 45 edições, foram apreendidas de 2.927 toneladas de sucata, 71 desmanches fechados e 51 pessoas presas / Rodrigo Ziebell/SSP

O proprietário foi preso por furto de energia elétrica, crime inafiançável, e encaminhado para a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Concessionárias Públicas e Serviços Delegados. Por não ter alvará, ele também responderá administrativamente a autuação do Detran.

Foram apreendidas e encaminhadas para trituração cerca de 50 toneladas de sucata automotiva. O Comando Rodoviário da Brigada Militar fez a seguranca da Operação e a perícia das peças foi feita pelo Instituto Geral de Perícias.

Em 45 edições, foram apreendidas 2.927 toneladas de sucata, 71 desmanches fechados e 51 pessoas presas. Vinte e um municípios, que são Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Caxias do Sul, Capão da Canoa e Torres, receberam a força-tarefa.

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Lei dos Desmanches

A Lei Federal 12.977 (Lei dos Desmanches) entrou em vigor em 20 de agosto de 2015, para combater a receptação de veículos roubados. Desde esta data, somente podem atuar no comércio de peças usadas empresas registradas no Detran/RS. Essas empresas devem seguir uma série de requisitos e incluir cada uma das peças à venda no sistema informatizado, vinculando-as à nota fiscal e à placa do veículo de origem. O Rio Grande do Sul possui hoje 281 empresas de desmanches registradas.

Força-tarefa

A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública coordena o trabalho do grupo e também define os alvos, via Setor de Inteligência. O Instituto Geral de Perícias tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran/RS autua administrativamente as empresas e coordena todo o trabalho de apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A Brigada Militar, por fim, faz a segurança de toda a operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Consulta a peças

O consumidor também pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran/RS. Essas empresas têm na fachada o logotipo da autarquia, e cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site, a relação de empresas credenciadas ao Estado. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passaram pelo aval de um responsável técnico, que atesta suas condições de segurança. No link também é possível fazer uma busca por peças e por município.

*Informações da Secretaria de Comunicação/Governo RS

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