Caixa quer ser ‘agência reguladora’ dos jogos de azar, diz presidente do banco

Regulamentação da prática segue em articulação no Congresso

O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse nesta segunda-feira, 13, que o banco pediu para ser uma espécie de “agência reguladora” dos jogos, sendo responsável pela centralização dos recursos e o pagamento aos apostadores, caso o projeto que libera bingos, cassinos e outras apostas eletrônicas seja aprovado pelo Congresso Nacional.

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“O País não tem uma agência reguladora de jogos e a Caixa é hoje um agente que ter credibilidade e respeito. Então essa é a nossa eventual participação se isso estiver contemplado no projeto”, afirmou, após cerimônia de entrega de Cartões Reforma, no Palácio do Planalto.

Segundo ele, a Caixa já conversou sobre o tema com os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). “Discutimos a estruturação desses jogos onde a Caixa participa como gestora, operadora, controladora e pagadora por ter essa credibilidade. Acho que a Caixa, por ter uma credibilidade de jogos no País, tem condição de oferecer o seu serviço a essa estruturação”, acrescentou Occhi.

O presidente da Caixa considerou que a regularização dos jogos no País é uma oportunidade de melhorar as “receitas em geral” do governo. “Acho que é uma grande oportunidade, até porque nós temos todos esses jogos eletrônicos funcionando no País e a receita indo para fora do Brasil. Nós não temos cassinos e sabemos que há um universo que pode trazer esse investimento para o País”, completou.

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Segundo ele, há estimativas de receitas de impostos sobre os jogos que podem chegar a R$ 20 bilhões por ano após a regularização. “Existe o jogo, não podemos negar. As pessoas apostam e o País está deixando escorrer pelas mãos essas receitas de tributação”, afirmou.

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