Concentração no setor de seguros traz preocupação para segurados brasileiros

Brasil ainda não tem lei que regulamente contratos de seguro

A notícia da compra do XL Group pela francesa AXA, numa transação da ordem de US$ 15,3 bilhões, criando um novo líder mundial em seguros de imóveis e acidentes, acendeu um sinal de alerta para empresários, investidores e segurados, uma vez que o Brasil ainda não tem uma lei que regulamente os contratos de seguro.

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“A concentração do setor do seguro de grandes riscos, que acontece mundialmente, é mais um fator a tornar necessária a proteção dos empresários brasileiros, operadores e investidores, e de todos os segurados e beneficiários, mediante a urgente aprovação de uma boa lei de contrato de seguro que os proteja, que garanta arbitragens no Brasil e vincule os resseguradoras internacionais aos seguradores locais”, destaca Ernesto Tizirulnik, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Seguro (IBDS).

O IBDS foi o principal idealizador e incentivador do projeto de lei do contrato de seguro, que tramita no Congresso desde 2004. A proposta já passou por diversas alterações, a fim de aparar as arestas e diminuir os atritos com segmentos que eram resistentes à criação das normas. Atualmente o projeto está em fase avançada no Senado Federal, e pode ser aprovado e sancionado ainda este ano. Para Tzirulnik, a notícia é uma oportunidade para refletir sobre a necessidade de uma lei brasileira para regular e gerar desenvolvimento para o setor e mais garantias para os segurados. “Uma lei que regulamente o contrato de seguros é boa para todos. O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento do mundo que ainda não tem uma lei de contrato de seguro. Temos de avançar para que o próprio mercado possa se desenvolver”.

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