Pôster transforma chuva em armadilha contra mosquitos transmissores da Dengue, Zika e Chikungunya

Projeto que extermina larvas do Aedes Aegypti é uma iniciativa da ONG Habitat Brasil, criada pela agência BETC São Paulo

Em países tropicais como o Brasil têm chuva o ano todo, o que aumenta o acúmulo de água parada e os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya, e outras doenças, principalmente em favelas e áreas de difícil acesso. Para chegar nesses lugares, conscientizar a população e combater o surgimento do inseto, a organização social Habitat para a Humanidade Brasil, em parceria com a agência de publicidade BETC São Paulo, criou pôsteres especiais que se dissolvem na chuva e matam o mosquito antes mesmo dele nascer.

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Além de informar a população sobre o perigo do acúmulo de água parada, a única maneira de combater o mosquito é eliminando suas larvas no foco de reprodução. Unindo essas duas vertentes, instituição e agência desenvolveram “O Pôster Solúvel”. Essa solução nasceu a partir de um poderoso larvicida, o BTI (Bacillus Thuringiensis Israelensis), desenvolvido por uma das mais destacadas instituições de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, somado à papel de arroz solúvel e cola orgânica.

Nos dias de sol, os pôsteres trazem mensagens educativas que ensinam as pessoas a evitarem água parada. Já quando chove, as folhas se dissolvem, acompanhando justamente o trajeto feito pela água, liberando o larvicida presente em sua composição e eliminando as larvas do mosquito. Com apenas um pôster é possível exterminar os focos do Aedes Aegypti em até 200 litros de água, por até 60 dias.

“É muito difícil conscientizar as pessoas, mesmo na questão do lixo, do entulho, do lixo doméstico, das bocas-de-lobo que entopem. E fica tudo ali, com aquela água podre parada na rua”, conta Dona Dilza, moradora da comunidade de Heliópolis, localizada na zona sul de São Paulo. “O projeto chega de forma inovadora. Educa, previne e mata o mosquito onde a gente não chega”, acrescenta Denis Pacheco, Coordenador de Programas da Habitat.

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Além disso, os pôsteres também possuem uma tecnologia especialmente elaborada para que o larvicida não prejudique o meio ambiente, os animais e nem às pessoas, agindo apenas contra os mosquitos. São diferentes tipos de ilustrações criadas por Ricardo Célio, Feik e Puga Menezes, artistas conhecidos em algumas das comunidades afetadas pelo problema.

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