Banco Mundial prevê crescimento maior

Brasil e Argentina ajudam economia da América Latina e Caribe a sair da trajetória negativa neste ano, diz estudo

A economia mundial voltará a crescer em 2017, beneficiada pela reação dos países da América Latina e do Caribe, mais dependentes da estabilização dos preços das matérias-primas, em baixa no ano anterior. A taxa global será de 2,7%, e a América Latina poderá alcançar um crescimento de 1,2% no ano. A previsão consta do relatório “Perspectivas Econômicas Globais”, produzido pelo Banco Mundial. No estudo, é previsto também crescimento da economia brasileira.

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O estudo constata que a taxa de investimento, necessária para um crescimento mais vigoroso e sustentável, continuará fraca, mas a reação das commodities é uma contribuição importante, sobretudo para as exportações de países latinos, como Brasil e Argentina, aliviando o quadro de desaceleração econômica. No ano passado, a América Latina e o Caribe conviveram com o segundo ano seguido de recessão, com 1,4% de queda. Por mais de três décadas, a economia regional não apresentava um quadro tão desolador de dois anos seguidos de recessão.

A economia regional foi afetada pela redução do crescimento dos países mais ricos, ao lado do ciclo de baixa das commodities. O relatório acrescenta que a piora deveu-se também ao pífio desempenho do Brasil e da Argentina- seus PIBs tiveram queda de 3,4% e 2,3%, respectivamente. Neste ano, o Brasil deverá voltar a crescer, alta de 0,5%, e a Argentina, outros 2,7%.

A projeção do Banco Mundial diz que a desenvoltura positiva da economia regional, contudo, poderá enfrentar contratempos, como restrições ao comércio promovidas pelos Estados Unidos e pela Zona do Euro. Também a guinada na política monetária dos Estados Unidos, com eventuais altas dos juros básicos e movimentos de go home de capitais para o mercado americano, é outro fator que pode prejudicar o comportamento das economias vulneráveis da América Latina e do Caribe.

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