“No Rio, a crise é maior do que parece”, diz presidente do CCS-RJ

Jayme Torres avaliou os impactos da grave crise financeira, política e de governança no Rio de Janeiro

Em reunião da diretoria do Clube na quarta-feira, 3 de maio, o presidente do CCS-RJ, Jayme Torres, avaliou os impactos da grave crise financeira, política e de governança no Rio de Janeiro. “A área de segurança é uma das mais afetadas, com reflexos na atividade seguradora. Houve aumento em todos os índices de violência. O roubo de carro cresceu 47% em março deste ano, comparado ao mesmo período de 2016. O roubo de cargas atingiu níveis que asfixiam a atividade. As transportadoras não querem vir para o Rio de Janeiro e as seguradoras não conseguem suportar a altíssima sinistralidade”, afirma.

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Icatu Seguros no JRS

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Segundo Torres, a crise também chegou ao Pátio Legal. “Sem dúvida, uma das soluções mais engenhosas do nosso mercado para garantir e preservar a integridade dos veículos roubados e/ou acidentados, devolvidos com tranquilidade, agilidade e modernidade aos proprietários”, argumenta. Criado em 2005, o Pátio Legal se transformou também num instrumento eficaz no combate à corrupção, solucionando problemas de desaparecimento de peças, cobrança de propina para entrega dos veículos e uso dos veículos por policiais, entre tantos outros.

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“As notícias que têm chegado até nós revelam que após vários dias sem sistema de informática para o controle de ocorrências nas delegacias, criando problemas para a população, o Pátio Legal parou de receber carros recuperados e só conseguiu retomar as atividades semana passada porque saíram 125 carros do pátio, abrindo espaço para uma nova leva de veículos recuperados“, comenta o dirigente.

A situação se agravou ainda mais porque houve uma drástica redução do número de policiais atuando para proceder aos autos de entrega e perícia, levando a interrupção do fluxo do sistema. “Com números e índices de violência, que remontam ao período pré-UPPs, torcemos para que essa volta ao passado seja passageira e que os governantes tomem as providências necessárias”, diz.

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Apesar de somente 30% dos carros recuperados e entregues ao Pátio Legal serem segurados, a diretoria do Sindicato das Seguradoras no Rio de Janeiro e no Espírito Santo (Sindseg-RJ/ES), liderada por Roberto Santos, tem atuado junto às autoridades competentes, apresentando soluções para o problema que é de toda sociedade. Entre elas, a abertura de um Pátio Legal em São Gonçalo, projeto parado nas mãos do governo há mais de um ano, que vai desafogar o pátio de Deodoro.

“A nossa diretoria e os corretores de seguros do Rio de Janeiro apoiam as iniciativas do Sindseg-RJ/ES e se coloca à disposição para uma ação conjunta, visando por fim a esta crise que afeta todo o mercado de seguros e os profissionais que nele atuam, e, especialmente, toda a população do Estado do Rio”, finalizou Torres.

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