Lucro da Porto Seguro cresce 20% em 2017

No ano, o lucro líquido da companhia atingiu R$ 1,1 bilhão. No quarto trimestre, fechou em R$ 270 milhões

Apesar do fim da recessão econômica no segundo semestre de 2017, o Brasil sofreu com os efeitos da crise. A demanda enfraquecida, o aumento da criminalidade em alguns estados, a forte queda na taxa de juros e o ambiente competitivo acirrado no seguro auto foram fatores desafiadores para a indústria de seguros. Entretanto, a Porto Seguro conseguiu expandir suas receitas em todas as principais linhas de negócio.
O lucro líquido da companhia atingiu R$ 270 milhões no quarto trimestre de 2017, correspondendo a uma redução de 11% em relação a igual período do ano anterior. No ano, o lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, aumento de 20%.
Na operação de seguros, os prêmios auferidos evoluíram 8% no trimestre e 3% no acumulado do ano. No seguro de automóvel, a empresa obteve crescimento de prêmios de 5% no quarto trimestre do ano passado, favorecido pelos reajustes de preços. A frota segurada reduziu 3%, atingindo 5,3 milhões de veículos, impactada pela maior competitividade e pela menor demanda. Contudo, o mercado já mostra sinais de recuperação, com aumento de 9% na venda de veículos novos em 2017. Nos outros segmentos, os prêmios dos produtos Patrimoniais, Saúde, Vida, Odontológico e Transporte cresceram mais de 10% no trimestre.
O índice combinado de seguros melhorou 4,8 pontos percentuais (p.p) no trimestre e 2,2 p.p. no ano, atingindo 94,6% e 96,9%, respectivamente. No trimestre, a sinistralidade total alcançou 51,2% (-5 p.p ante o quarto semestre de 2016), a melhor marca trimestral dos últimos 10 anos, influenciada pelos reajustes de preços realizados no seguro auto e pelo aperfeiçoamento do modelo de subscrição de riscos e menor incidência de eventos climáticos nos produtos Patrimoniais.
O índice de despesas administrativas de seguros evoluiu 0,7 p.p. no quarto trimestre de 2017 e 0,3 p.p. no ano, afetado principalmente pela desaceleração dos prêmios ganhos. Entretanto, a soma dos índices de despesas administrativas e operacionais permaneceu praticamente estável (-0,1 p.p. vs. 2016).
As receitas das empresas Financeiras e de Serviços subiram 13%, intensificadas pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito e Financiamento. O indicador de inadimplência das operações de crédito (maior que 90 dias) encerrou o trimestre em 4,5%, melhor índice dos últimos 5 anos e 1,7 p.p. menor do que a média de mercado.

Artigos Relacionados