20% dos sinistros de automóveis são oriundos de fraude no RS

Presidente do Sindicato das Seguradoras produziu artigo para o jornal Correio do Povo

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindseg/RS), Guacir de Llano Bueno, brindou os leitores do jornal Correio do Povo com um artigo revelador. Segundo o líder sindical, estima-se que 20% dos sinistros de automóveis no Estado são oriundos de pequenas fraudes. “Isso representa mais de R$ 200 milhões no ano, sendo pagos indevidamente pelos segurados”.

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Guacir Bueno cita como exemplo o motorista particular de aplicativos, que não informa a companhia da sua atividade e na hora do acidente “inventa alguma desculpa para não perder a cobertura”. “Pode parecer insignificante, mas quem acaba pagando esta conta somos e você”, complementou.

Confira o artigo na íntegra:

Todo brasileiro está cansado de se sentir passado para trás. É um imposto que sobe aqui, sem contrapartida em área alguma, um político que desviou milhões ali e uma burocracia retrógrada acolá. Porém, muitas vezes esbravejamos contra os políticos e corruptos, mas não prestamos atenção aos nossos próprios hábitos.

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Que atire a primeira pedra aquele que nunca viu uma longa fila de carros, resolveu passar pelo lado e depois cortou todo mundo para entrar mais na frente, trancando ainda mais o trânsito. Ou aquele que parou em local proibido e disse: “Foi só pra descarregar uma coisinha de nada, não foi nem cinco minutos”. Nossos pequenos deslizes estão aí no dia-a-dia para quem quiser fazer autocrítica. E desculpa é o que não falta: estava atrasado, não tinha lugar, foi só desta vez, e por aí vai.

Aparentemente estas pequenas transgressões não prejudicam tanto os demais, mas será? No mercado segurador temos um dado chocante: estima-se que 20% dos sinistros de automóveis no RS são oriundos de pequenas fraudes. Isso representa mais de R$ 200 milhões no ano, sendo pagos indevidamente pelos contratantes de seguros, através das seguradoras. Pois o dinheiro das indenizações é retirado do fundo comum, composto pelos valores pagos pelos segurados e administrados pelas Seguradoras. Como exemplo podemos citar o caso daquele motorista de aplicativo que não informa a sua seguradora em relação a sua atividade e na hora do acidente inventa alguma desculpa para tentar não perder a cobertura. Pode parecer insignificante, mas quem acaba pagando esta conta somos eu e você. Talvez o grande problema do país nem seja a impunidade. Talvez seja apelidar estas nossas pequenas corrupções e transgressões do dia-a-dia de jeitinho brasileiro.

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