Setor de seguros quer mais espaço junto ao poder público

Representantes de entidades do setor defenderam a pauta durante painel do Conec

A política e o setor de seguros foram pauta de um dos painéis mais marcantes do 18º Conec, em São Paulo. “Estamos vivendo um momento muito importante da nossa história e democracia e ter um segmento dessa importância discutindo o seu futuro mostra que estamos avançando”, destacou o jornalista Ricardo Boechat, que mediou a conversa com outros representantes de entidades do seguro.

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O presidente licenciado do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), Alexandre Camillo, ressaltou a importância de se ter mais representantes do mercado de seguros nos cargos públicos para que os mesmos defendam as pautas inerentes ao setor que beneficiam a sociedade no fim das contas. O presidente da Escola Nacional de Seguros e da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Robert Bittar, acrescentou ao raciocínio o que ele chama de educação securitária: “Falamos tanto em educar a população sobre, mas precisamos na verdade educar nossos políticos sobre essa indústria. Temos 350 projetos de lei versando o tema seguros e cerca de 99% são inócuos”.

O setor de seguros conta com 460 bilhões de reais que são arrecadados para proteger renda, futuro e saúde do brasileiro. “É o maior investidor institucional que o Brasil tem, maior formador de poupança e a importância que é dada pelos poderes da República é desproporcional a importância que o seguro tem para a sociedade”, defendeu o presidente da Confederação Nacional de Seguros (CNseg), Marcio Coriolano. “Temos que exigir que o setor de seguros passe a ocupar o centro das políticas públicas do país, que os projetos que interessem a nação através do setor segurador sejam vistos pelos três poderes”, complementou.

O superintendente da Superintendência da Seguros de Privados (Susep), Joaquim Mendanha, no entanto, disse que concorda em partes que o mercado tenha que ter mais espaço junto ao Governo. “Concordo em parte porque precisa haver também uma presença maior do setor ao Governo, ele tem que ser mostrado. O atual Governo tem dado bastante atenção ao setor e o caminho é a interlocução e diálogo”, afirmou. Para ele, o corretor tem um grande desafio com as características de consumo do novo consumidor. “Ele precisa cada vez mais acesso a produtos diferentes, através de ferramentas de acessibilidade e não se pode querer transferir tudo para o poder público e esperar todas as soluções dele, a iniciativa privada tem agilidade e conhece bem o seu produto”, comentou.

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Sob a perspectiva do presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (SindSeg-SP), há três pontos que impactam o futuro e que devem ser observados com atenção: a longevidade, os novos riscos e a era digital. “Imaginem vocês esse impacto no seguro saúde e na previdência social, a longevidade vai nos levar a ter um planejamento muito importante e é preciso ver tudo isso com as políticas públicas”, exemplificou.

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